O vocabulário Mineiro - Mineirês

07/03/2014 08:54

Quando Guimarães Rosa ainda era médico e andava pelo interior de Minas recebendo como pagamento bolo, queijo, pudim ou galinha, levava um caderninho onde anotava o falar do povo dos diversos lugarejos que percorria. Esse palavreado era depois utilizado nos livros que escrevia.

 

Hoje muita gente pensa que Guimarães Rosa inventou determinados falares regionais (o que de fato ele  fez; sua obra é cheia de neologismos), mas grande parte das expressões estranhas com as quais o leitor se defronta nos casos narrados por esse “fabulista fabuloso” são termos realmente empregados no dia a dia do mineiro. Como o estado de Minas é grande, variam lugares e expressões, mas é bastante plausível se falar em vocabulário, dialeto ou linguajar mineiro.

Eis alguns exemplos que se tornaram de domínio público, circunstância que reforça o que acabo de afirmar:

IM = sufixo para forma diminutiva. Ex. “piquininim” (para “pequenininho”), “lugarzim” (para “lugarzinho”), “bolim” (para “bolinha”), “vistidim” (para “vestidinho”), “sapatinho” (para “sapatinho”).


MM = É o gerúndio do mineirês. Ex.: “brincamm” ao invés de “brincando”; “corremm” ao invés de “correndo”, “imm” ao invés de “indo” e “vimm” ao invés de “vindo”.


ORO, ARU, ERU, IRU = formas usadas em verbos da 3ª pessoa : Ex.: “Eles foru lá e dançaru, beberu, garraru umas muié e dispois fugiru”.

DOCÊ = minerim falando “de você”.


KÉDI? = o mesmo que “cadê?”, “aonde está?”.


PRÉSTENÇÃO = é quando o minerim está falando e você não está ouvindo.
 

DEU = o mesmo que “de mim”. Ex.: “Larga deu, sô!”.

 

SÔ = seria uma abreviatura de “senhor”, “seu”, “sinhô”, mas acaba por funcionar com ponto final em qualquer frase. Quer um exemplo?  Veja o final da explicação do verbete anterior.


DÓ = o mesmo que “pena”, “compaixão”, mas o mineirim sempre usa acompanhado de “ô” ou “qui”: “Ô dó!”, ou “qui dó!”.

 

DI VERA? = o mesmo que “de verdade?”.


GARRÁDU = o mesmo que “junto”.

NIMIM = o mesmo que “em mim”. Ex.: “Ocê vive garrádu nimim. Larga deu, sô!”.


NÓOO = não tem a ver com laço apertado, não. É uma expressão de espanto, o mesmo que dizer “nossa!” e vem da exclamação “Nossa Senhora!”.


PELEJANU = o mesmo que “tentando”. Ex.: “Tô pelejanu cum esse trem né di hoje... qui nó cego!” ( aqui é mesmo).


NÉ??? = “Não é?”.


PINGA = o mesmo que cachaça. Mineirim acha “danadibão (“danado de bom” ou “bom demais”) com tutu de feijão e uns “torresmim” (“torresminhos”).“Bão tamém cum franguim cum quiabo”.

 

TACÁ = o mesmo que “jogar”. Ex.: “Taquei tudo fora!”.

 

I = o mesmo que “e”. Ex.: “minino”, “ispecial”, “eu i ela”, “vistido”, “isquisitu”.

 

UAI = expressão dubitativa que por si só justifica um post (que ainda farei).

 

MEZZZ = “mesmo”.

 

ÉMEZZZ? = Minerim querendo confirmação.


ÓIQUI = Minerim tentando chamar a atenção para alguma coisa. Seria o mesmo que “olhe aqui”.

 

TI = O irmão do pai ou da mãe. Ex.: “A muié do ti é a tia”.


INTORNÁ = O mesmo que “entornar”, “transbordar”. Usada quando o mineirim quer avisar que determinado líquido “num cabe na vazia” (“vasilha”).


PÃO DE QUÊJO =Alimento fundamental na mesa “minêra”.

 

CONFÓFÔ EU VÔ = “Conforme for, eu vou”.

 

OIÓ, TÓ = “Olha aí, olha, toma” (ou pegue).

 

MAGRILIM = Indivíduo muito magro.

 

DEUSDI ou DEISDI = “desde”. Ex.: “Eu sou magrilim deisdi que eu era rapazinho”.

 

NIGUCIM = “Pequeno negócio”, qualquer coisa que o minerim acha pequeno.


NÉMERMO? = “Não é mesmo?”. Minerim procurando concordância com suas ideias.


ESPIA = o mesmo que “olhe”, “veja”. Quem já não ouviu dizer que mineiro não olha, espia?


QUINÉM = advérbio de comparação, “igual”. Ex.: “Ela saiu bunita quiném a mãe”.


ARREDA = verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se, mover-se. Ex.: “Arreda pra lá, sô!”.


BÊJO = “beijo”.

 

BEJIM = é “bêjo miudim”.


CAUSU = “caso”, “história”. Mineirim se diverte ouvindo ou contando uma boa história.

 

MODIDIZÊ = o mezzz qui “modo de dizer”.


ISTEITIS = para onde os minerim foram (continuam indo?) de mala e cuia...

 

TREITERA - é uma pessoa sagaz, astuta, que se faz da malandragem, do "jeitinho", da espertesa para se dar bem na vida.

 

CACUNDA - Costas, É uma palavra originada da palavra corcunda, que se tranformou em carcunda e finalmente ficou cacunda!

 

Fontes:

Pesquisas particulares

site: https://minasdemim.blogspot.com.br/2013/07/dialeto-mineiro-dialect-from-minas.html

 

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Exército Brasileiro abre inscrições Oficiais e Sargentos temporários

Exército Brasileiro abre inscrições Oficiais e Sargentos temporários

O Exército Brasileiro, por meio do Comando da 4ª Região Militar, sediado em Belo Horizonte,  abre inscrições para seleção de profissionais que desejarem prestar o Serviço Militar como OFICIAIS (Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários) e OFICIAIS TÉCNICOS TEMPORÁRIOS (Nivel superior) e ainda SARGENTOS TÉCNICOS TEMPORÁRIOS (Curso Técnico) por tempo determinado (até 8 anos), em determinadas cidades de Minas Gerais, exceto o triângulo mineiro.

As inscrições devem ser feitas até o dia 31 de agosto de 2016. A Taxa de inscrição varia conforme o nível escolar e o pagamento deverá realizado por meio de GRU (Guia de Recolhimento da União) em qualquer agência do Banco do Brasil, exceto para aqueles que forem isentos.

O Candidato deve ficar atento para o ingresso em Organizações Militares, pois, vestimentas de bermudas, camisetas sem mangas, short, chinelos ou que exponham a região abdominam são proibidos. O Comando da 4ª Região Militar alega cumprimento do Procedimento de Controle Administrativo (PCA) nº 2009.10000001233, do Conselho Nacional da Justiça (CNJ).

Os regulamentos completos da seleções e os formulários de pré-inscrição estão disponíveis somente no Comando da 4ª Região Militar.

Confira os Avisos de Seleção (editais), CLIQUE NO POSTO/GRADUAÇÃO:

  • Para OFICIAIS: Médicos, Dentistas, Farmacêuticos e Veterinários
  • Para OFICIAIS: Técnicos Temporários (várias profissões - Nível Superior)
  • Para SARGENTOS: Técnicos Temporários (várias especialidades - Nível Técnico)

Obs: se determinado navegador não abrir a página da 4ª RM utilize outro navegador.

Sobre a 4ª Região Militar:

Com a finalidade de se criar um Grande Comando Logístico e Operacional, com área de responsabilidade sobre todo o território de Minas Gerais, exceto o Triângulo Mineiro, o Decreto nº 1.740, de 08 de dezembro de 1995, extinguiu o Comando da 4ª Região Militar, com sede na cidade de Juiz de Fora, transformando o então Comando da 4ª Divisão de Exército, com sede em Belo Horizonte, em Comando da 4ª Região Militar e 4ª Divisão de Exército. Sua sede foi mantida na capital mineira e recebeu, em 11 de fevereiro de 2004, a denominação histórica de “Região Mariano Procópio e Divisão das Minas de Ouro”, unificando as denominações anteriormente concedidas aos Comandos da 4ª DE e da 4ª RM, enquanto Comandos autônomos.

Em 27 de agosto de 2007, decorrente do processo de reestruturação do Exército, a Portaria nº 587, extinguiu o Comando da 4ª Divisão de Exército. Em consequência, a 4ª Região Militar passou a ser o mais alto escalão da Força Terrestre presente no Estado de Minas Gerais, tendo sua área de responsabilidade neste Estado, exceto o Triangulo mineiro.

Por fim, a Portaria nº 479, de 03 de julho de 2008, do Comandante do Exército, conferiu à 4ª Região Militar a denominação histórica de “região das Minas do Ouro”, em homenagem às primeiras entradas e bandeiras, lançadas no início do século XVIII, época da descoberta de importantes minas de ouro na região conhecida por Campo de Cataguás, mais tarde, Minas do Ouro, garantidora do fluxo aurífero do Brasil Colônia para a metrópole Portugal.

 

 

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